Taesa vence lotes 3 e 5 do leilão do leilão 02 de transmissão da Aneel

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Taesa vence lotes 3 e 5 do leilão do leilão 02 de transmissão da Aneel

Taesa vence lotes 3 e 5 do leilão do leilão 02 de transmissão da Aneel

Postado em: 20/12/2022

Cemig, Consórcio Olympus XIV e Usina Termelétrica Norte Fluminense foram as outras vencedoras

A Taesa protagonizou o leilão de transmissão 02/2022, realizado hoje pela Aneel na bolsa de valores B3, em São Paulo. A transmissora ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 91,380 milhões para o lote 3, o que representa um deságio de 47,94% em relação à precificação original, e uma RAP de R$ 152,2 milhões para o lote 5, o que significa um deságio de 34,21%. Os dois lotes somam um investimento projetado de R$ 2,3 bilhões do total de R$ 3,5 bilhões dos seis lotes leiloados.

O escopo do lote 5 envolve a instalação de linhas de transmissão em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, além da operação da atual concessionária, com investimentos previstos de R$ 1,175 bilhões. Já o lote 3, com instalação de subestações e de linhas de transmissão no Pará e no Maranhão, totaliza investimentos previstos de R$ 1,117 bilhões em 30 anos de concessão.

Para Fábio Fernandes, diretor de Negócios e Gestão de Participações da Taesa, a assertividade da concessionária nos dois lotes disputados é fruto da disciplina financeira da companhia em mitigar riscos. “Quando termina um leilão já pensamos no seguinte, estudando criteriosamente cada lote, avaliando riscos de forma correta e para precifica-los de forma adequada”, disse. No certame de hoje, a transmissora não apresentou proposta nos lotes 1, 2 e 4 e não participou do lote 6.

Hélcio Neves Guerra, diretor da Aneel, avalia que o resultado do leilão foi acima da expectativa pelos deságios conseguidos nos seis lotes e pela participação de empresas tradicionais do setor. Ele também destacou a forte competição em alguns lotes, caso do número 3, que teve 11 participantes.

A mesma avalição é feita por Alexei Vivan, diretor presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE). “Temos de volta empresas tradicionais reconhecidas pela qualidade e competência em administrar ativos do setor elétrico, o que fica claro pelos deságios elevados e pela ausência de empresas pouco conhecidas, o que poderia trazer problemas ao segmento”, argumenta. Vivan também destaca que o governo “acertou ao manter a precificação correta dos lotes e espera que esse seja um sinal de continuidade, que favoreça a competição e também o consumidor final.

A volta aos leilões de transmissão também foi destacada por Thadeu Silva, diretor da Cemig, que venceu a lote 1, com uma oferta de RAP de R$ 16,9 milhões e um deságio de 48%, envolvendo a ativação de 165 km de linhas de transmissão em Minas Gerais e Espírito Santo.

O consórcio Olympus XIV, formado pela Alupar Investimentos e pela Mercury Investiments, arrematou o lote 6, com uma RAP de R$ 69,5 milhões (deságio de 15%) e investimentos previstos de R$ 498 milhões. O empreendimento envolve a implantação de novo serviço em subestação com troca do nível de tensão de 230 para 345 kV em barramento isolado (GIS) e substituição das transformações para 345/88 kV, entre outros serviços, em São Paulo.

O lote 2 – com a ativação de 188 km de linhas de transmissão em Rondônia – foi vencido pela EDP, que ofereceu uma RAP de R$ 24,9 milhões, com deságio de 45,1%. O último lote leiloado foi arrematado pela Usina Termelétrica Norte Fluminense com uma RAP de R$ 18,3 milhões e um deságio de 50,73%. Esse pacote envolve trechos de linha de transmissão e uma subestação em Porto do Açu, no Rio de Janeiro.

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